Mercado Municipal de Santos tem obras paradas

O Mercado Municipal de Santos deveria ter, desde maio deste ano, um elevador de acessibilidade, guias rebaixadas e piso tátil para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida. Mas, a obra que faria essas adaptações, orçada em mais de R$ 500 mil (526.445,18), começou em novembro de 2018, com recursos da prefeitura, e foi paralisada em seguida, por contingenciamento de verba.

A segunda intervenção, orçada em pouco mais de R$ 102 mil, tinha como objetivo reformar o telhado, mas também não foi concluída. Ela começou em janeiro deste ano e tinha previsão de ser entregue no mês passado, mas segundo a prefeitura, a empresa contratada para executar o serviço desistiu. Agora é preciso esperar a conclusão judicial das medidas tomadas pela Administração, para que uma nova empresa seja chamada por meio de Ata de Registro de Preços.

Para piorar a situação da cobertura do mercado, uma das ventanias registradas em abril levou parte das telhas, abrindo dois buracos sobre o saguão principal. As telhas já foram compradas, mas como não há mão de obra para realizar os reparos, o material segue guardado em um dos boxes vazios do salão.

Além dos problemas citados, a parte externa do Mercado Municipal de Santos apresenta grandes infiltrações, vidraças quebradas e fios expostos.

Sem movimento e sem manutenção, os seis permissionários lutam diariamente para manter as atividades no local.

PREVISÃO

Segundo a prefeitura, o pagamento da obra de acessibilidade deve acontecer em 60 dias, e posteriormente, a retomada. O projeto prevê eliminação dos desníveis e passeios no padrão Calçada para Todos. A obra contempla três rampas para acessibilidade: duas na porta principal e uma na entrada do anexo 1, de carnes e peixes. O elevador será implantado no prédio no espaço onde funcionava a sala de administração.

HISTÓRIA

Inaugurado em 1902, reunindo os dois estabelecimentos do gênero que funcionavam na cidade, o Mercado Municipal dispõe de 54 boxes, 28 dos quais destinados a açougues, empórios, hortifrutigranjeiros, laticínios, peixarias, artesanatos e floriculturas, que atendem no atacado e varejo.

Os demais 26 boxes, localizados no mezanino, comercializam antiguidades. Regularmente, há apresentações culturais, eventos, festas e festivais.