23 de Abril de 2024 • 10:50
Seguro pode acabar auxiliando atividades agrícolas em meio a problemas difíceis de prever / Arquivo / Agência Brasil
Recentemente, o governo federal anunciou, durante o lançamento do Plano Safra, a injeção de R$ 1 bilhão com o objetivo de ajudar os agricultores a pagarem o seguro rural em 2020. Esse é considerado o major volume de recursos já orçado para o programa.
Para compreender a importância de seguros para a safra é importante compreender o quão indispensável para a economia e para o próprio produtor é recorrer para essa colaboração.
"Tem por objetivo cobrir perdas e/ou danos causados aos bens, diretamente relacionados às atividades agrícolas. Protege o produtor contra perdas causadas por fenômenos adversos da natureza até o limite máximo de indenização contratado. Além da atividade agrícola, o seguro rural abrange também a atividade pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, o crédito para comercializar a produção e ainda o risco de morte dos produtores", esclarece Rogério Moisés, sócio-diretor da Visafran, corretora de seguros.
As mudanças climáticas inesperadas não devem submeter a produção e a economia como um todo à estagnação. Ainda assim, essa modalidade de seguro não abrange apenas as áreas de plantio, mas também o maquinário, recursos de valor para o trabalho no campo e que, em muitos casos, possuem preços altos.
"Essa proteção é essencial, já que grande parte da produção é financiada, assim como os equipamentos da propriedade, podendo causar uma perda inclusive para o mercado. Afinal, não há garantia de reposição do bem para continuar honrando o financiamento concedido", destaca Moisés.
Neste ano, graças ao contingenciamento, o valor disponível foi de apenas R$420 milhões Na média, o governo fica responsável por arcar com 35% do curto da apólice. Os últimos dados divulgados sobre esse cenário revelam, ainda, que em 2018 esse mercado conseguiu movimentar R$ 2 bilhões em apólices apenas no Brasil.
"É, sem dúvida, uma ajuda bem vinda para fomentar a venda desse seguro, que hoje está engatinhando no Brasil, mas é um mercado muito promissor se não for o maior junto com a previdência privada", afirma Rogério Moisés.
Segundo Rogério Moisés, da Visafran, as áreas que mais demandam esse tipo de ação são as regiões Sudeste e Centro-Oeste, com safras de soja, café, milho e algodão. De acordo com as expectativas do Ministério da Agricultura, o financiamento será suficiente para ampliar a área coberta para mais de 15,6 milhões de hectares.
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