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Repórter da Terra

Negacionismo climático derrubou exportação de carne em 43%. Próximos alvos: café e soja

Desde setembro, a China proibiu a importação de carne bovina brasileira. E os Estados Unidos sinalizaram nesta semana que também vão vetar o produto. Nos dois casos, o boicote é mais uma questão diplomática que sanitária, uma reação aos recordes no desmatamento da Amazônia e do Pantanal, e uma resposta à desastrada política externa do Governo Bolsonaro. Resultado: só na primeira quinzena deste mês as exportações de carne bovina caíram 42,9% na comparação com novembro de 2020. Agora, foi a União Europeia (UE) que anunciou um plano para banir alimentos produzidos em áreas desmatadas. E isso inclui até o desmatamento considerado legal pelos países exportadores. O projeto terá tramitação prioritária no Parlamento e no Conselho Europeu.

O raciocínio é que boicotar soja, carne, cacau e café produzidos sobre toda e qualquer floresta desmatada, seja ela nativa ou plantada para extração de madeira, é a forma mais eficaz de conter o avanço de lavouras e pastagens sobre as árvores. Na avaliação dos europeus, banir apenas alimentos produzidos em áreas de desmatamento ilegal incentivaria países como o Brasil a afrouxar suas leis de proteção ambiental.

A regra é retroativa a 1º de janeiro de 2021 e classifica os países exportadores em três categorias, conforme seus antecedentes na derrubada de florestas. E os importadores terão de promover uma dupla auditoria para atestar a origem dos alimentos.

Desde outubro, o vice-presidente Hamilton Mourão sabia que a UE retaliaria o negacionismo ambiental brasileiro. Mas, os europeus ainda esperaram um possível anúncio de ações concretas de combate ao desmatamento durante a Conferência da ONU sobre o Aquecimento Global (COP 26), no início deste mês, o que não aconteceu.

A soja é o principal produto de exportação do Brasil. O País também é o maior exportador mundial de carne. Portanto, a nova regra pode provocar uma crise semelhante à de 1931, quando Getúlio Vargas teve de comprar com dinheiro público e depois queimar 80 milhões de sacas de café para evitar a falência de milhares de fazendeiros. A fogueira durou meses e chamuscou a economia paulista e o Porto de Santos, maior exportador de café do mundo...

Rota do Café, Cachaça e Queijo...

Não é só tomar uma cachaça, é sentir sabores e aromas em uma fazenda com mais de 200 anos de história. Não é só beber um café, é degustar uma alquimia feita com 'a melhor água mineral do mundo'. Nem é só comer um queijo, é desfrutar da magia que transforma leite em preciosos pedaços de eternidade...

...na montanha que toca o céu

Essa aventura começa em dezembro, na Serra da Mantiqueira, a montanha erguida por Tupã para conter a paixão do sol pela mais linda índia guarani. O pacote turístico-gastronômico parte de São Lourenço, no sul de Minas Gerais, e inclui cidades como Maria da Fé, Carmo de Minas, Itanhandu e Passa Quatro.

Filosofia do campo:

"Somos madeira que apanhou chuva. Agora não acendemos nem damos sombra. Temos que secar à luz de um sol que ainda há. E esse sol só pode nascer dentro de nós", Mia Couto, escritor moçambicano em 'O Último Voo do Flamingo'.

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