28 de Março de 2024 • 09:16
Sindical e Previdência
Centenas de Estivadores, operários de capatazia (Sintraport) e operadores de guindastes e empilhadeiras (Sindogeesp) participaram do evento, que começou por volta das 10 horas
Os trabalhadores tomaram a rua João Pessoa e foram até a praça Mauá / Divulgação/Paulo Passos
As categorias de portuários avulsos de Santos, que estão paralisadas desde a manhã de segunda-feira (2), fizeram passeata, na manhã de hoje (6), por várias ruas da cidade.
Centenas de Estivadores, operários de capatazia (Sintraport) e operadores de guindastes e empilhadeiras (Sindogeesp) participaram do ato, que começou por volta das 10 horas.
Os trabalhadores tomaram a Rua João Pessoa e foram até a Praça Mauá. Depois, seguiram para a Praça José Bonifácio, onde funciona o escritório do Ministério do Trabalho e Emprego.
Diante do ministério, questionaram o fato do porto estar funcionando, mesmo com a paralisação.
Dali, seguiram novamente para a Rua João Pessoa, diante do número 333, onde funciona o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp).
O protesto é contra o Sopesp, que, junto com seu órgão gestor de mão de obra, implantou, desde segunda-feira (2), o intervalo de 11 horas entre as jornadas dos trabalhadores avulsos.
O movimento, segundo os presidentes dos sindicatos dos estivadores e operários portuários, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’ e Claudiomiro Machado ‘Miro’, deverá continuar.
Os manifestantes ficaram parados diante do prédio do Sopesp, por volta da 12h30, enquanto os sindicalistas subiram para conversar com os representantes dos empresários.
Os trabalhadores querem respeito às excepcionalidades, garantia de trabalho e ganho após o intervalo, conforme prevê a legislação.
Sopesp
Em nota, o Sopesp informou que lamenta a paralisação, “que se dá frontalmente contra a legislação em vigor”.
“A classe empresarial representada pelo Sopesp cumpre a lei que determina a observância do descanso de 11 horas entre jornadas de trabalho, que tem como finalidade preservar a segurança do trabalhador portuário. E observa que, com a reforma trabalhista, as restrições ao intervalo de descanso de 11 horas entre as jornadas de trabalho por meio de instrumentos coletivos tornaram-se ilegais”.
O sindicato patronal observa ainda que não haverá perda de postos de trabalho porque a demanda operacional no Porto está crescente, como demonstram as recentes estatísticas da Codesp.
“Por último, o Sopesp reafirma o seu compromisso de sempre cumprir a legislação em vigor”, diz.
Cotidiano
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