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Política

Não posso pautar minha vida por uma 'fantasia de perseguição política', diz Moro

O juiz federal afirmou que sua decisão 'não tem nada a ver com o processo do [ex-presidente] Lula'

Folhapress

Publicado em 06/11/2018 às 22:00

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Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no ano passado / Agência Brasil

Em sua primeira entrevista coletiva após aceitar o convite para ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL), o juiz federal Sergio Moro afirmou que sua decisão "não tem nada a ver com o processo do [ex-presidente] Lula", a quem ele condenou por corrupção e lavagem de dinheiro no ano passado.

"Eu não posso pautar minha vida com base numa fantasia, num álibi falso de perseguição política", afirmou, durante entrevista nesta terça (6).

O futuro ministro declarou ainda não haver "a menor chance de utilização do ministério para perseguição política".

Segundo ele, o ex-mandatário petista foi "condenado e preso porque cometeu um crime, e não por causa das eleições".

"Sei que alguns eventualmente interpretaram a minha ida como uma espécie de recompensa. É algo absolutamente equivocado, porque minha decisão [que condenou Lula] foi tomada em 2017, sem qualquer perspectiva de que o então deputado federal [Bolsonaro] fosse eleito presidente da República", declarou o juiz. "O que existe é um crime que foi descoberto, investigado e provado. As cortes de justiça apenas reconheceram esse fato e impuseram a pena da lei. Apenas cumpriram seu dever."

Moro afirmou que foi sondado pela equipe de Bolsonaro no dia 23 de outubro, na semana anterior ao segundo turno, em um telefonema do economista Paulo Guedes, que deve assumir a área econômica do governo.

Isso foi depois, portanto, de o juiz retirar o sigilo de trechos da delação do ex-ministro Antonio Palocci, a seis dias do primeiro turno -uma decisão que foi criticada, pela proximidade do período eleitoral.

Segundo ele, há "divergências e convergências" com o presidente eleito, que lhe pareceu uma "pessoa bastante ponderada", mas ele decidiu aceitar o convite em prol de uma "agenda anticorrupção e anticrime organizado".

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