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Política

Joesley relata ao STF que sofreu ameaças e sugere que partiram de Cunha

Sua defesa sugere que as ameaças podem ter partido do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Lava Jato no Paraná e um dos alvos da delação da JBS, firmada em 2017.

Folhapress

Publicado em 10/12/2018 às 01:04

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O empresário e delator Joesley Batista, um dos donos da JBS, peticionou na sexta-feira (7) ao ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin pedindo providências contra supostas ameaças sofridas por ele na semana passada, como telefonemas solicitando dinheiro e chamadas para a PM ir à casa dele, em São Paulo.

Sua defesa sugere que as ameaças podem ter partido do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Lava Jato no Paraná e um dos alvos da delação da JBS, firmada em 2017.

Os advogados solicitam a Fachin, relator da delação da JBS no STF, que determine à PF que investigue as ameaças. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Cunha.

O documento narra que, no dia 28, Joesley prestou depoimento à Justiça Federal em ação que tem como réus Cunha, o ex-deputado Henrique Alves (MDB-RN) e o operador financeiro Lucio Funaro. Segundo os advogados de Joesley, a defesa de Cunha fez perguntas com "cunho nitidamente pessoal" ao delator.

"Tais indagações não só fugiram do contexto da acusação como também procuraram atingir esse relator [Fachin]", disse a defesa, que anexou à petição uma representação criminal encaminhada à PF paulista, na qual afirma que, na audiência, os advogados de Cunha perguntaram a Joesley qual era seu endereço em São Paulo.

As ligações, conforme a defesa, foram atendidas por funcionários e traziam um recado a Joesley: "'Aqui quem fala é o delegado da PF amigo dele, para quem ele deve. Anote o número de uma conta: Caixa Econômica [...] e mande depositar R$ 50 mil. Diga que Eduardo está chegando em Brasília'".

Para os defensores, os dizeres "denotam ameaça velada": a menção à Caixa seria uma alusão à Operação Sépsis, que originou a ação em que Cunha, Alves e Funaro são réus. A Sépsis investigou desvios no banco estatal e políticos do MDB.

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