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Política

João Doria toma posse e faz série de críticas aos 23 anos de PSDB no comando de SP

Na Assembleia, ele e o vice-governador Rodrigo Garcia foram recebidos pelo presidente da Casa, o deputado tucano Cauê Macris.

Folhapress

Publicado em 01/01/2019 às 10:46

Atualizado em 01/01/2019 às 11:17

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João Doria (PSDB), 61, tomou posse como governador do estado de São Paulo. / Divulgação

João Doria (PSDB), 61, tomou posse como governador do estado de São Paulo na manhã desta terça-feira (1º), em cerimônia na Assembleia Legislativa, na região do Ibirapuera (zona sul de SP). Em discurso, não poupou críticas aos 23 anos de seguidos governos do PSDB no comando do estado.

Doria disse que o estado precisa deixar de "pensar pequeno" e que a partir de agora "São Paulo vai mudar, agora tem comando". O novo governador ainda pediu a reestruturação do partido, hoje sob o comando de Geraldo Alckmin, ex-governador do estado e ignorado por Doria em sua fala na Assembleia.

Na Assembleia, ele e o vice-governador Rodrigo Garcia foram recebidos pelo presidente da Casa, o deputado tucano Cauê Macris. Da Assembleia, seguiu para o Palácio dos Bandeirantes, onde participa de novo evento de posse.

Mais tarde, ele viajará para Brasília, onde participará da cerimônia de posse de Jair Bolsonaro (PSL). Durante a campanha eleitoral, o tucano colou sua imagem à de Bolsonaro, pregando o chamado Bolsodoria.

Doria deixou a prefeitura em abril, faltando 1.000 dias para o fim de seu mandato, para disputar as eleições. Venceu a eleição e se cacifou para liderar o PSDB, já de olho na eleição presidencial de 2022.

Antes disso, enfrentará uma série de obstáculos, como uma bancada menor de seu partido na Assembleia. Além da política, ele terá desafios nas privatizações, segurança, mobilidade e educação.

O novo governador herdará contas relativamente em ordem e o menor índice de homicídios do Brasil, mas terá de contornar dificuldades que seus antecessores tucanos não enfrentaram, como uma bancada menor na Assembleia Legislativa.

A principal plataforma de campanha de Doria foi a segurança pública. Ele prometeu que a polícia atiraria para matar e, ao assumir, sinalizou que pretende colocar em prática o discurso duro das eleições, transformando em vitrine o enfrentamento ao PCC.

Entre as heranças negativas do tucanato, Doria terá de reverter uma série de erros na área da mobilidade. Os monotrilhos das linhas 15-Prata e 17-Ouro do metrô, vendidos como alternativas rápidas e baratas, or exemplo, estão atrasados e encareceram.

Tirar do papel parcerias e desestatizações prometidas na campanha estão entre os principais desafios de Doria. Na Prefeitura de São Paulo, seu grande programa de desestatização, que prometia passar à iniciativa privada equipamentos públicos como o Anhembi, o estádio do Pacaembu e o parque Ibirapuera, não gerou nenhuma realização concreta até o momento.

No estado, o governador eleito anunciou a cifra de R$ 23 bilhões em desestatizações. A estrela do pacote é o sistema prisional, responsável por um orçamento de R$ 4,5 bilhões ao ano. SP tem 227 mil presos em 170 unidades, em ambiente dominado pela facção PCC.

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