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Política

'Eu represento a real mudança estrutural que Mongaguá precisa', diz Renato Donato

Ele foi vereador e, depois do afastamento do prefeito da cidade, volta para a disputa afirmando ser, de fato, a única oposição

Carlos Ratton

Publicado em 15/10/2018 às 15:25

Atualizado em 15/10/2018 às 15:31

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Renato Donato afirma ser a única oposição na Cidade e garante que vai administrar a Cidade / Paolo Perillo/DL

Ele foi vereador e, na última eleição, perdeu para Artur Parada Prócida a disputa pela Prefeitura de Mongaguá. Agora, depois do afastamento do prefeito, volta para a disputa afirmando ser, de fato, a única oposição na Cidade e garante que vai administrar a Cidade. Veja os melhores trechos da entrevista de Renato Donato (PSB).

Diário do Litoral - Como avalia a disputa?

Renato Donato – Temos quatro candidatos. O Rodrigo Casabranca que é o sucessor direto do professor Artur, pois chegou a pedir perdão para o prefeito por ter votado contra o governo e, na condução da Prefeitura interinamente, manteve todo o secretariado. Tem a nossa, que representa a oposição ao PSDB desde 2013 e que, entre outras coisas, moveu a ação para retirar o título de eterno prefeito a Artur. E ainda temos a do PT e outra do Pros, respectivamente Fernando Felizi e Gilmar Aguiar Freitas, o Corinthiano, que foi diretor de Esportes. Vai ser uma disputa aberta e difícil.

Diário - Por que você acredita que será eleito?

Donato – Porque eu represento a real mudança estrutural que Mongaguá tanto precisa. Sempre fiz críticas construtivas e venho mantendo uma proposta coerente do que precisa ser mudado na Cidade, que terá uma segunda oportunidade de mudar. De permitir que um cobrador de lotação, um ex-agente penitenciário ocupe a cadeira de prefeito.

Diário - Ter como vice a esposa do ex-prefeito cassado Paulo Wiasowski (Cristina) é vantagem ou desvantagem? Não seria uma futura influência?

Donato – O mandato foi do Paulinho (prefeito) e ela deve carregar alguma rejeição, mas a Cristina é outra pessoa. Ela foi diretora de Assistência Social e desenvolveu um trabalho reconhecido nas ruas, onde a recepção é excepcional. As críticas via redes sociais refletem muito mais o medo do meu concorrente direto do que a opinião pública. O candidato sou eu e ela vai contribuir muito para a minha futura administração. O próprio ex-vereador Jacob Koukdjian Neto, que representa a política tradicional da Cidade, está me apoiando e deve também contribuir. Mas as decisões finais serão minhas, pois a cadeira de prefeito está reservada para uma pessoa chamada Renato Donato.  

Diário - Como está Mongaguá neste período de turbulência?

Donato – Mesmo antes da prisão do ex-prefeito a cidade já não vinha bem. Não é preciso escancarar a corrupção para sentir o sintoma dela. Além disso, a saúde, o transporte, a segurança, enfim, nada está funcionando bem, por conta de uma doença chamada corrupção. Quando tudo veio à tona, houve um choque de realidade. A nossa vergonha foi exposta. Eu, no dia seguinte, afixei uma faixa na janela do meu escritório com a seguinte frase: eu acredito em Mongaguá. Quis plantar a esperança.      

Diário - Como você avalia a gestão Prócida?

Donato – Desde 2013 sou oposição e venho mantendo uma postura crítica. Hoje, ela é direcionada ao Rodrigo Casabranca, que já foi situação e, agora, se diz oposição Nunca apoiei a Administração Prócida por considerá-la arcaica, sem visão de futuro, sem interlocução com as cidades vizinhas.

Diário - Como avalia a gestão interina de Casabranca?

Donato – Ele (Casabranca) manteve os diretores. Só tirou Antônio Augusto Moisinho, chefe de Gabinete, que era quem administrava de fato. A Cidade está loteada para os vereadores. O prefeito é mero coadjuvante. As emendas não vem sendo aproveitadas e as obras estão paradas. Não existe planejamento. É uma administração amadora.      

Diário – Como você vai se relacionar com a Câmara?

Donato – Vou sentar com eles, inclusive com o Casabranca, para discutir a cidade. A prioridade vai ser os cidadãos e não os interesses políticos e pessoais. Uma indicação será atendida se a pessoa indicada tiver qualificação para exercer a função.   

Diário - Ele diz que você está fazendo uma campanha suja. O que você tem a dizer?

Donato – O que é campanha suja? Falar a verdade? Descobri que iriam imprimir um material e espalhar mentiras contra eu e a Cristina na Cidade. Eu me dirigi a eles (Rodrigo e Redó) e disse que não era preciso fazer isso, pois nunca fiz. Então, o que é campanha suja? Minha campanha está sendo feita com reuniões, caminhadas. Não olho sequer pelo retrovisor.  

Diário - Como você deve encontrar a Prefeitura?

Donato – Com R$ 70 milhões em caixa, porém, servidores com baixa autoestima. Precisamos mostrar uma nova forma de governar. A corrupção contamina e a autoestima alta contagia. Vou mostrar que novos ares estão chegando e isso será feito com muito trabalho.

Diário - Quais serão suas primeiras medidas?

Donato – Vou fazer uma auditoria para verificar a real situação econômica, financeira e jurídica da Prefeitura. Depois, procurar os deputados, principalmente do meu partido – Caio França e Rosana Valle – e pedir parcerias. Se o eleito for Márcio França, melhor ainda. Precisamos de uma passagem de nível para acesso ao bairro de Agenor de Campos, por exemplo. Vou trazer o alistamento civil para Mongaguá e implantar o Projeto Saúde nos Bairros. A Prefeitura vai invadir os bairros e oferecer serviços.  

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