23 de Abril de 2024 • 16:49
Alckmin sinalizou que, até agora, conseguiu garantia de aliança de cinco partidos / Divulgação/Fotos Públicas
O desempenho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato à Presidência da República, deve desidratar até as eleições de outubro. É o que afirmou nesta sexta-feira (8) o também pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB), em visita a Vitória.
Depois de falar para uma plateia de empresários na capital, Alckmin disse que as preocupações atuais dos brasileiros são outras.
"Hoje [os eleitores] estão preocupados em Copa do Mundo e em namorada [dia dos namorados]. A campanha começa mesmo em setembro, no rádio e na TV. Ninguém nem sabe quem é candidato. As pessoas têm vergonha de falar que não tem candidato e coloca 'x' no mais conhecido na hora da pesquisa no ponto de ônibus", disse o tucano que, no levantamento mais recente do Datafolha, tinha apenas 7% no cenário mais provável sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa.
Para um pequeno auditório formado por empresários do ramo de transportes e comércio, sobretudo, Alckmin tratou de apaziguar as desconfianças de sua musculatura política. "Hoje tem 19 pré-candidatos. Até outubro não vai ter. Mas quem for desistir, não vai fazer isso agora. Nós [do PSDB] vamos ter os melhores palanques do Rio Grande do Sul a Roraima", afirmou.
Alckmin sinalizou que, até agora, conseguiu garantia de aliança de cinco partidos. Questionado, sobre quais eram, disse preferir que as siglas se manifestem, "para não ser indelicado". "Mas são médios e grandes."
O evento, organizado por federações e sindicatos patronais, era aberto ao público e, mesmo assim, registrou metade do auditório vazio. O vice-governador do Espírito Santo, Cesar Colnago (PSDB), era um dos presentes.
Em sua fala, Alckmin distribuiu promessas: disse que vai apresentar uma reforma tributária e política, com voto distrital ou distrital misto, logo no primeiro mês de seu possível mandato, além de investir em melhorias na logística de transportes e acordos econômicos internacionais.
"Mas, para isso, preciso ganhar a eleição", disse. A plateia riu.
O ex-governador de São Paulo não quis comentar sobre o jantar com líderes tucanos que ocorreu há quatro dias nos Jardins, em que perdeu a paciência diante de cobranças sobre a falta de coordenação da pré-campanha e perguntou se os colegas de partido não queriam, então, um outro candidato. "Está indo tudo muito bem", minimizou.
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