X

Política

Bolsonaro diz que ministros com acusações contundentes deverão deixar governo

O presidente eleito afirmou que tem conversado com ministeriáveis sobre corrupção, mas declarou que é difícil ter uma equipe isenta de denúncias

Folhapress

Publicado em 14/11/2018 às 16:40

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Bolsonaro afirmou que tem conversado com ministeriáveis sobre corrupção, mas declarou que é difícil ter uma equipe isenta de denúncias / Divulgação/Câmara dos Deputados

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, comentou na manhã desta quarta-feira (14), em entrevista à TV Record, a acusação de que Onyx  Lorenzoni (DEM-RS) poderia ter recebido dinheiro não declarado em campanha eleitoral de 2014, conforme reportagem da Folha de S.Paulo.

"Tudo nos preocupa. Uma denúncia tornando-se robusta, transformando-se aquela pessoa em réu, nós vamos tomar alguma providência. O Onyx é ciente disso."

Bolsonaro afirmou que tem conversado com ministeriáveis sobre corrupção, mas declarou que é difícil ter uma equipe isenta de denúncias.

"É muito difícil hoje em dia você pegar alguém que não tenha alguns problemas, por menores que sejam.

Os menores, logicamente, nós vamos ter que absorver. Se o problema ficar vultoso, você tem que tomar uma providência".

A providência de Bolsonaro, segundo ele, seria o desligamento de acusados com denúncias contundentes.

Um documento entregue por delatores da JBS, empresa dos irmãos Batista, à PGR (Procuradoria-Geral da República) sugere que o Onyx Lorenzoni (DEM-RS) recebeu via caixa dois uma segunda doação eleitoral, além da que ele já havia admitido. O congressista confessou ter recebido da empresa, para a campanha de 2014, R$ 100 mil não declarados à Justiça Eleitoral.

O documento agora revelado pela Folha de S.Paulo mostra que ele recebeu outros R$ 100 mil em 2012. Segundo os colaboradores, o dinheiro foi repassado em espécie. 

Além da acusação de irregularidades nas contas de Lorenzoni pela PGR, também recai sobre o presidente eleito questionamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo auditores do tribunal, a campanha eleitoral de Bolsonaro tem 23 indícios de irregularidades ou inconsistências.

Reportagens da Folha de S.Paulo mostraram, antes mesmo do resultado da eleição, que a campanha de Bolsonaro havia omitido uma série de informações na prestação de contas parcial que todos os candidatos têm que apresentar na primeira quinzena de setembro. A não apresentação de contas consolidadas e regulares impede a diplomação do futuro presidente.

"Bebianno [Gustavo, secretário-geral da equipe de transição] me relatou que alguns documentos estão faltando e será cumprido o prazo de entrega", afirmou.

Entre os indícios de irregularidade apontados pelo TSE nas contas de Bolsonaro estão omissão de gastos na declaração parcial de setembro, arrecadação de doações pela internet por empresa não autorizada, recebimento de recursos de origem não identificada ou vedada pela legislação, uso de serviços de advocacia não declarados e divergências entre os dados de doadores e os constantes da base de dados da Receita Federal.

A equipe de Bolsonaro nega irregularidades.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cubatão

Advogado Áureo Tupinambá, preso em operação do Gaeco, sai da prisão

Ex-diretor da Câmara de Cubatão estava preso desde o último dia 16 de abril por possível envolvimento com o PCC

Variedades

Daisy Ridley acha uma razão para sua vida em trailer de 'Às Vezes Quero Sumir'

Lançamento está previsto para maio, nos cinemas nacionais

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter