X

Política

Após reunião com Cármen, advogado de Lula diz que não há definição sobre habeas corpus

Em janeiro, o TRF-4 manteve a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro e aumentou sua pena para 12 anos e um mês de prisão

Folhapress

Publicado em 14/03/2018 às 18:38

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A audiência durou cerca de 30 minutos / Divulgação/Fotos Públicas

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Sepúlveda Pertence, reuniu-se com a presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, nesta quarta-feira (14). Pertence disse, ao sair da audiência, que a ministra não informou se pretende pautar o julgamento do habeas corpus pedido pela defesa do petista.

A audiência durou cerca de 30 minutos. A defesa de Lula pediu ao STF um habeas corpus preventivo para afastar a possibilidade de ele ser preso após o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) julgar os últimos recursos pendentes sobre o caso do tríplex em Guarujá.

Em janeiro, o TRF-4 manteve a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro e aumentou sua pena para 12 anos e um mês de prisão. Os advogados do petista apresentaram ao próprio TRF-4 embargos de declaração -um tipo de recurso que visa esclarecer alguns pontos da decisão. Após o julgamento dos embargos pelo tribunal regional, em tese, Lula já poderá ter sua prisão decretada.

Antes de o TRF-4 dar sua palavra final, a defesa de Lula pediu habeas corpus preventivo ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao Supremo. Na semana passada, a Quinta Turma do STJ negou, por unanimidade, o pedido.

No STF, o ministro Edson Fachin, relator dos casos da Lava Jato, decidiu enviar o habeas corpus para ser julgado pelo plenário, composto pelos 11 ministros da corte, o que continua sem data para ocorrer.

O STF passou a autorizar em 2016 a prisão após condenação em segunda instância -a chamada execução provisória da pena, antes de esgotados todos os recursos nos tribunais superiores. A prisão nessas circunstâncias divide opiniões entre especialistas em direito e entre os ministros do STF.

Há duas ações que discutem o tema e que foram liberadas para julgamento em plenário pelo relator, ministro Marco Aurélio, no final do ano passado.

Porém, a ministra Cármen Lúcia, a quem compete organizar a pauta de julgamentos, tem indicado que não pretende reabrir a discussão sobre prisão após condenação em segunda instância. Tampouco pautou o julgamento do habeas corpus pedido pela defesa de Lula.

Questionado por jornalistas sobre a possibilidade de pedir um novo habeas corpus ao Supremo, Pertence respondeu que tática não se revela. Ele não quis dizer o que exatamente pediu à ministra Cármen Lúcia na audiência.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Praia Grande

Neste começo de semana, PAT de Praia Grande está com vagas de emprego

Candidato deve possuir cadastro no PAT de Praia Grande

Santos

UME Irmã Maria Dolores deverá ser entregue em setembro, em Santos

Nova escola do bairro Vila Nova poderá atender 174 alunos, mais que o dobro das 83 vagas do imóvel que ocupa atualmente

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter