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Homem ligado ao PCC é morto a tiros de fuzil em carro blindado em SP

Cláudio Roberto Ferreira, conhecido como Galo Cego, tinha acabado de estacionar o carro na rua Coelho Lisboa, quando os assassinos chegaram em dois carros, desembarcaram e dispararam tiros de fuzil

Folhapress

Publicado em 24/07/2018 às 15:18

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Um homem suspeito de envolvimento com a facção criminosa PCC foi morto a tiros dentro de um Audi blindado, na região do Tatuapé, zona leste de São Paulo, por volta das 23h desta segunda-feira (23).

Cláudio Roberto Ferreira, conhecido como Galo Cego, tinha acabado de estacionar o carro na rua Coelho Lisboa, quando os assassinos chegaram em dois carros, desembarcaram e dispararam tiros de fuzil. Na rua, os peritos encontraram ao menos 70 cápsulas.

A blindagem do carro não conseguiu impedir que o motorista fosse atingido pelos tiros, e os bombeiros tiveram que forçar a porta do carro para retirar a vítima. Ele foi levado em estado grave ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu em seguida. Até agora, nenhum suspeito do ataque contra Cláudio foi preso.

De acordo com policiais ouvidos pela reportagem, a morte de Galo Cego é um desdobramento das mortes de integrantes da cúpula do PCC, em fevereiro passado, das quais ele também teria participado. À época, no Ceará, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, foragidos da Justiça de São Paulo e até então considerados as principais vozes da facção criminosa fora dos presídios, foram assassinados a tiros em uma suposta emboscada numa área indígena.

Até esta segunda-feira, os policiais acreditavam que Galo Cego teria sido inicialmente "decretado" (recebido ordem para ser morto) mas acabou poupado em seguida porque teria participado da emboscada para o comparsa Cabelo Duro, morto em frente a um hotel por ordem da cúpula da facção. Foi Galo Cego, segundo os policiais, que teria ligado para o colega e marcado o local o encontro mortal em frente ao hotel Blue Tree Towers, também na zona leste da capital paulista.

Os policiais tentam entender agora a motivação do assassinato desta segunda-feira. Se foi ordenada por pessoas ligadas a Gegê do Mangue ou Cabelo Duro ou se foi ordem da própria cúpula do PCC. De qualquer forma, entendem que é um desdobramento da morte das mortes ocorridas em fevereiro.

Pessoas que acompanham o sistema penitenciário afirmam que a ordem para a morte de Galo Cego partiu de dentro da Penitenciário 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, onde está presa a cúpula do PCC, entre eles Marco Camacho, o Marcola, considerado pela polícia e Promotoria como chefão da quadrilha. Também acreditam que outras mortes de integrantes do PCC devem ocorrer nos próximos dias.
Galo Cego tem histórico de crimes ligados ao PCC. Ele já havia sido condenado por um roubo a banco na Grande São Paulo que terminou com três mortos, em 2008, sendo um deles um então chefe do PCC.

Em 2015, ele foi preso durante uma partida entre Corinthians e Santos pela Copa do Brasil, na Vila Belmiro. Ele assistia ao jogo em um camarote para torcedores do Corinthians, segundo a polícia. Galo Cego deixou a prisão após obter um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). O benefício foi revogado, mas ele não se apresentou à Justiça e passou a ser considerado foragido.

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