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Suprema Corte dos EUA nega pedido de Trump e mantém proteção aos dreamers

O presidente tem travado uma queda de braço sobre imigração com a Justiça e o Congresso

Folhapress

Publicado em 26/02/2018 às 17:50

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Trump argumenta que imigrantes ilegais tiram empregos dos americanos / Associated Press

A Suprema Corte americana, órgão máximo do judiciário nos Estados Unidos, negou nesta segunda-feira (26) um pedido do governo de Donald Trump para avaliar o fim do programa que protege jovens imigrantes que chegaram ainda crianças ao país, os chamados "dreamers" (sonhadores, em inglês).

O grupo, de cerca de 800 mil pessoas, estava sob ameaça de deportação desde que Trump anunciou o fim de sua permanência legal no país, concedida por seu antecessor, Barack Obama. A partir da próxima segunda-feira (5), os vistos desses jovens perderiam a validade e eles poderiam ser deportados dos EUA.

Em janeiro, porém, um juiz federal da Califórnia determinou a manutenção do programa. A decisão foi seguida por um juiz de Nova York, há duas semanas.

O governo Trump recorreu, e pediu que a Suprema Corte decidisse sobre o caso antes dos tribunais de apelação. A ordem desta segunda (26), porém, que delega o julgamento aos tribunais de segunda instância, mantém válidas as determinações dos juízes federais de dar continuidade ao programa -o que prorroga a permanência dos imigrantes no país.

O presidente tem travado uma queda de braço sobre imigração com a Justiça e o Congresso. Trump argumenta que imigrantes ilegais tiram empregos dos americanos e contribuem para a violência, cometendo crimes.

A administração aumentou em 40% as prisões de estrangeiros sem documentação, reduziu o número de refugiados recebidos pelo país e tem defendido políticas mais severas contra imigração nos EUA.

Ao revogar o programa que dava permanência aos "dreamers", em setembro do ano passado, Trump argumentou que ele era inconstitucional -já que decisões sobre imigração cabem ao Congresso e não ao presidente. Obama havia concedido os vistos aos jovens imigrantes por meio de uma ordem executiva.

O presidente deu seis meses ao Congresso para decidir sobre o destino dos "dreamers". Republicanos e democratas, porém, ainda não conseguiram chegar a um acordo.

Por causa das decisões judiciais, o prazo do dia 5 de março não vai alterar o status dos "dreamers". Caso as cortes de apelação atendam ao pedido do governo e revoguem o programa, porém, os jovens imigrantes voltarão a estar sujeitos à deportação.

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