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Mongaguá

Prefeito de Mongaguá é preso por lavagem de dinheiro

A informação foi divulgada na noite de hoje (9) pela PF; na casa do político, agentes apreenderam durante a manhã R$ 4,6 milhões e US$ 216,7 mil. Defesa diz que prefeito provará sua inocência

Gilmar Alves Jr.

Publicado em 09/05/2018 às 20:23

Atualizado em 27/05/2021 às 13:48

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Mais de R$ 4,6 milhões apreendidos na casa de Prócida / Divulgação/Polícia Federal

O prefeito de Mongaguá, Artur Parada Prócida (PSDB), foi preso em flagrante pelo crime de lavagem de dinheiro, conforme divulgou na noite desta quarta-feira (9) a Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo.

Na casa do político, em Mongaguá, agentes da PF apreenderam na manhã desta quarta mais de R$ 4,6 milhões e US$ 216,7 mil. A ação fez parte da Operação Prato Feito, deflagrada em 50 municípios do país contra  um esquema de desvio de recursos da União destinados à educação em municípios dos estados de São Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal. Em 30 destes municípios há contratos suspeitos de fraudes, segundo a PF.

Parada Prócida foi levado para a Superintendência da PF, na Lapa, zona oeste de São Paulo.

Ao Diário do Litoral, o advogado do prefeito, Eugênio Malavasi, afirmou que Parada Prócida "respondeu todos os questionamentos da autoridade policial com extrema lealdade".

"Isto porque é totalmente inocente e provará sua inocência na persecução penal", disse o defensor.

Até às 21h desta quarta, os procedimentos do flagrante ainda eram realizados na Superintendência da PF. 

A Reportagem procurou a assessoria de imprensa de Mongaguá para um posicionamento sobre a prisão, mas não conseguiu contato. 

Outras prisões

Durante a operação, segundo o balanço divulgado pela PF, mais dois políticos foram presos em Mauá, na Grande São Paulo. Nas casas deles foram apreendidos, em dois flagrantes, R$ 588.417,00 e R$ 87.000,00.

Na relação de apreensões pelo país, sem flagrantes, estão ações ocorridas nas casas de quatro empresários, em São Paulo, Santo André, Mauá e Salvador (BA), nos valores, respectivamente, de R$ 30 mil, R$ 34.250,00, R$ 12.250,00 e R$ 17.000,00.

"Ainda há outras diligências a serem encerradas", informou a PF sobre os trabalhos nesta quarta.

Inquérito

O inquérito policial, segundo a PF, foi instaurado em 2015, a partir de informação apresentada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) relatando possíveis fraudes em licitações de fornecimento de merenda escolar em diversos municípios paulistas.

As investigações apuraram que os grupos criminosos agiriam em 30 municípios, contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar licitações de fornecimento de recursos federais para a educação destinados ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços.

Há indícios do envolvimento de 85 pessoas, sendo: 13 prefeitos, 4 ex-prefeitos, 1 vereador,  27 agentes públicos não eleitos e outras 40 pessoas da iniciativa privada.

A Controladoria Geral da União identificou, ao longo das investigações, 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bi.

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