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Guarujá

Em 2 anos, mais de 60% dos problemas de alagamento poderão estar resolvidos em Guarujá

Caminhões hidrojato que darão fluidez a serviço de manutenção nas tubulações, galerias e bueiros serão entregues no próximo mês

Da Reportagem

Publicado em 20/03/2018 às 14:13

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Em até dois anos, as tradicionais chuvas da estação não deverão ser problema em Guarujá / Rodrigo Montaldi/DL

Em até dois anos, as tradicionais chuvas da estação não deverão ser problema em Guarujá. A expectativa é de que mais de 60% das situações que hoje causam alagamentos na Cidade estejam resolvidas nesse prazo.

Isso será possível devido a um trabalho que teve início em janeiro de 2017, quando foi criado, por decreto do Executivo Municipal, o "Núcleo de Combate às Enchentes".

Trata-se de um grupo técnico formado por representantes das secretarias de Governo, Planejamento, Infraestrutura e Obras, Serviços Urbanos, Defesa e Convivência Social e Assistência Social, que tem como missão estudar profundamente a questão das enchentes e propor medidas de curto, médio e longo prazos.

Na época, estudos iniciais apontaram que a limpeza dos canais de drenagem pluvial nos bairros da Cidade eram a primeira medida a ser tomada, e assim foi feito. Além de permitir que a água coletada fluísse mais rapidamente, sem obstáculos no interior do canal, a questão da limpeza e o efeito visual começaram a mostrar que a manutenção e zeladoria da Cidade haviam sido retomadas.

Ficou claro, entretanto, que outras medidas precisariam ser adotadas em continuidade aos trabalhos de manutenção da Cidade como um todo. Porém, o problema demandava ações mais fortes de planejamento de médio e longo prazos.

Além da limpeza dos canais que compõem o sistema de macrodrenagem, a Secretaria de Serviços Urbanos (Seurb) deu início à limpeza de outros elementos do sistema que compõem a microdrenagem - como pavimentações, serviço de tapa-buracos, recomposição de guias e sarjetas, caixas e bueiros, tubos e galerias.

"Não há na Prefeitura nenhum documento que mostre a última vez que esses serviços tinham sido executados. Mas em contato com a população durante o desenvolvimento dos trabalhos, constatamos que eles não eram feitos há pelo menos 10 anos. Por isso a Cidade chegou nessa situação. Caminhões e caminhões com todo tipo de lixo foram removidos dos bueiros e galerias durante esse primeiro ano de Governo", afirma o secretário de Planejamento e Gestão, Darnei Cândido.

Hidrojato

Na limpeza de bueiros e galerias, a Seurb utilizava, paralelamente, caminhões tanques "hidrojato" e "sugadores" em regime de locação. Após estudos financeiros no ano passado, a Prefeitura optou por adquirir esses caminhões hidrojato em vez de locá-los. Com isso, foram adquiridos três caminhões, que estão em fase de montagem dos tanques e bombas de pressurização.

"A entrega deve acontecer até a primeira quinzena de abril. Isso vai permitir a fluidez do sistema e até a detecção de falhas pontuais nos tubos, o que hoje não é possível. Em mais 1 ano a maior parte das galerias, bueiras e caixas estarão em boas condições, tudo isso com a simples manutenção dos sistemas de macro e microdrenagem", afirma o secretário.

Aprovação de leis permite a obtenção de recursos

Outro fator fundamental para acabar com o problema de alagamentos e enchentes em Guarujá foi a aprovação de leis municipais que compõem o "Sistema de Saneamento Municipal", ou seja, o "Plano Municipal de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos", o "Plano Municipal de Saneamento Básico" e o "Plano Municipal de Gestão da Macrodrenagem".

Trata-se de um trabalho do Executivo Municipal, que, em conjunto com a Câmara Municipal de Guarujá, aprovou essas ferramentas essenciais para obtenção de convênios e recursos financeiros para a elaboração de projetos e obras que atendam todas as vertentes do saneamento básico de uma Cidade.

Além disso, ainda no ano passado a Prefeitura resgatou projetos que haviam sido interrompidos no Governo anterior, como a macrodrenagem do bairro Santo Antônio (Bacia do Rio Santo Amaro), considerado um dos maiores problemas da Cidade em termos de alagamentos e enchentes, por este bairro estar abaixo do nível do mar, o que em ocasiões de fortes chuvas, concomitantes com as cheias da maré, provoca inevitáveis alagamentos.

Recursos

Ainda em 2017, a diretoria de convênios da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplan) cadastrou no Ministério das Cidades, no "Programa Avançar Cidades", e também no programa de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) "FINISA", as quantias de R$ 77,5 milhões em cada órgão para atender obras de macrodrenagem – quantias que se encontram em análise e tramitação.

No Ministério das Cidades a Prefeitura aguarda a aprovação para obras no Bairro do Santo Antônio (Bacia do Rio Santo Amaro), e na CEF para os bairros Jardim Las Palmas, Helena Maria, Santa Rosa I, II e III e Vila Lygia, todos da Bacia do Rio do Meio.

Projetos também estão sendo licitados para os serviços de Batimetria dos Rios Santo Amaro e Rio do Meio, elementos importantes para os licenciamentos ambientais das referidas obras de desassoreamento em ambos os rios, outro trabalho que há décadas não é realizado nos rios e bacias hidrográficas do Município.

A Ilha de Santo Amaro é servida por 11 bacias hidrográficas e suas respectivas sub bacias, a exemplo dos Rios do Peixe, Perequê, Crumaú, Acaraú, entre outros.

Os convênios contemplam obras de macrodrenagem nos canais existentes, construção de novos canais, piscinões, diques, manutenção e ampliações das tubulações e redes de drenagem subterrâneas, obras de microdrenagem em guias e sarjetas, caixas e bueiros, desassoreamento dos rios e repavimentações nas áreas de influência das referidas obras.

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