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São Paulo tem semana de risco para evitar 'reprise' de 2017

O time enfrenta o Rosario Central às 21h45 de quarta-feira (9), pela primeira fase da Copa Sul-Americana, com o peso de já ter caído no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil

Folhapress

Publicado em 07/05/2018 às 12:05

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O técnico Diego Aguirre não poderá contar com Everton, que ainda não foi inscrito na Sul-Americana, e nem com o suspenso Rodrigo Caio. Militão e Nenê / Paulo Pinto/São Paulo

Se o São Paulo acredita que tem elenco para ser campeão ainda nesta temporada, a semana que se inicia nesta segunda-feira (7) tem peso fundamental para esse sonho. Isso passa pela chance de enterrar os fantasmas de 2017, quando o time se desestabilizou com três eliminações seguidas entre abril e maio e patinou no Campeonato Brasileiro até entrar na zona de rebaixamento.

O time enfrenta o Rosario Central às 21h45 de quarta-feira (9), pela primeira fase da Copa Sul-Americana, com o peso de já ter caído no Campeonato Paulista e na Copa do Brasil. O cenário é semelhante ao que o clube encontrou na última temporada, quando foi eliminado desses mesmos torneios por Corinthians e Cruzeiro e chegou pressionado para pegar o modesto Defensa y Justicia.

As semelhanças não são poucas. O rival argentino, com a segunda partida no Morumbi, depois de ter empatado sem gols no jogo de ida, mesmo com um a menos. Em 2017, o Defensa conseguiu se aproveitar da instabilidade paulista e segurou 1 a 1 para se classificar. Agora, com o Rosario, de novo será preciso jogar contra a pressão e só com uma vitória como alternativa. Qualquer empate com gols faz os argentinos avançarem. Se ocorrer mais um 0 a 0, a vaga será definida nos pênaltis.

Essa sombra ainda não será o único obstáculo. O técnico Diego Aguirre não poderá contar com Everton, que ainda não foi inscrito na Sul-Americana, e nem com o suspenso Rodrigo Caio. Militão e Nenê, outros titulares, serão reavaliados nesta segunda pelo departamento médico para saber se têm condição de enfrentar o Rosario Central.

Ou seja, há o trabalho de campo para ser feito, buscando soluções para montar uma equipe competitiva mesmo com os desfalques, e um trabalho tão importante quanto de bastidores. A diretoria e a comissão técnica insistem com os jogadores de que confiam nesse elenco para voltar a conquistar um título, algo que não acontece desde 2012, na própria Sul-Americana. Os atletas repetem o discurso de confiança, mas sob uma névoa de insegurança pela falta de resultados.

O desempenho defensivo melhorou, o time ganhou intensidade, tem um perfil mais bem definido em campo, mas esbarra sempre em detalhes. Gols nos minutos finais custaram uma vaga na final do Paulistão e uma vitória contra o Fluminense no Maracanã, que deixaria o São Paulo na vice-liderança do Brasileirão na terceira rodada. Ou então apagões que atrapalharam atuações elétricas contra Atlético-PR, na queda na Copa do Brasil, e contra Atlético-MG, que mais uma vez evitou a chegada ao segundo lugar da Série A.

Para não ficar novamente "no quase", ainda é necessário quebrar alguns paradigmas. Contra o Rosario, é fundamental que o ataque seja mais eficiente e que o time não se acomode com uma eventual vantagem.

As partidas recentes mostram uma dificuldade tricolor em administrar o resultado.

Se a sorte não for das melhores na Sul-Americana, a reação no Brasileirão precisa ser mais rápida do que foi em 2017. A equipe patinou demais, viu Rogério Ceni mudar a filosofia de jogo, a diretoria mudar o técnico e reformular o elenco. Após a queda para o Defensa y Justicia, havia a promessa de responder imediatamente com uma vitória fora de casa sobre o Cruzeiro, na abertura da Série A. As promessas fracassaram e o Tricolor voltou do Mineirão derrotado por 1 a 0.

Agora, o próximo jogo depois do Rosario também será fora de casa, o que tem sido um grande problema para Aguirre. No domingo, às 16h, o São Paulo visita o Bahia na Fonte Nova, pela quinta rodada do Brasileirão. Até aqui, o técnico comandou o time seis vezes como visitante e soma três derrotas e três empates. Tropeçar de novo significaria aumentar a pressão, deixar os líderes se distanciarem e enfraquecer aquele discurso interno de que é possível ser campeão em 2018.

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