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Santos se prepara para fugir de comissão de R$ 8,6 milhões por Rodrygo

De acordo com o contrato assinado pela Doyen e pelo clube santista em outubro de 2017 e válido por dois anos, qualquer transferência internacional que tenha participação da empresa neste período dá a ela direito a 8% do valor bruto.

Folhapress

Publicado em 17/06/2018 às 23:16

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Rodrygo num treino recente no CT do peixe. / Facebook/Santos F.C.

O Santos se prepara nos bastidores para não perder parte do valor arrecadado com a venda de Rodrygo. De acordo com o contrato assinado pela Doyen e pelo clube santista em outubro de 2017 e válido por dois anos, qualquer transferência internacional que tenha participação da empresa neste período dá a ela direito a 8% do valor bruto. Sem atuar, a Doyen teria direito a 4%.

Ou seja, no caso de Rodrygo 4% dos 50 milhões de euros (R$ 216,5 milhões) deveriam ficar com a empresa. Porém, a diretoria do Santos acredita ter encontrado uma brecha no contrato para deixar de pagar os 2 milhões de euros (R$ 8,6 milhões) de comissão. Como o UOL Esporte publicou, o Santos exigiu do Real o pagamento de 40 milhões de euros (R$ 173,3 milhões) livres de impostos e de comissões para agentes para liberar Rodrygo.

Segundo dirigentes do Santos, o contrato assinado entre Santos e Doyen diz que a empresa tem exclusividade nas negociações. Porém, a ata apresentada pelo ex-presidente Modesto Roma ao Conselho Gestor sobre o documento diz que ela tem direito a representatividade nas transações. Ou seja, há uma contradição. Por isso, o clube se prepara para acionar a Justiça e até mesmo recorrer à Fifa para não pagar os 4%.

"É óbvio que na ata, que é pública, se escreve pouco, pois não se pode escrever o que está sob sigilo. Os termos do contrato foram assinados", disse Modesto.

O Santos, ainda sob o comando de Modesto Roma, assinou o acordo com Doyen para quitar a dívida referente às transações de Leandro Damião, Lucas Lima, Gabigol, Geovânio, Daniel Guedes e Felipe Anderson. O clube deve pagar também duas parcelas anuais de cinco milhões de euros (R$ 21,7 milhões): uma em setembro de 2018 e a outra em setembro de 2019. 

Segundo Modesto, o clube já pagou 13 milhões de euros (R$ 56,3 milhões) à empresa no ano passado.

"É o contrato de acordo com a Doyen, qual o problema? Quando se faz o negócio, tem de ceder. É óbvio que existe uma contrapartida. Existem esses 4%, sim, que são válidos até setembro de 2019. Mas fizemos isso porque fechamos uma renegociação do contrato do Odílio (Rodrigues, presidente do Santos entre 2013 e 2014). E nesta renegociação caiu uma dívida de 50 milhões de euros para 23 milhões de euros. Só do Leandro Damião eles nos cobravam R$ 80 milhões. 

No contrato do Odílio, o Santos pagava ainda 10% de juros ao ano. E os juros baixaram para 3% no nosso contrato", afirmou Modesto.

A reportagem tentou contato com a Doyen, mas não obteve resposta.

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