Festival de jovens e a magia musical

A música e as competições são duas das coisas que mais movem as pessoas. Quando estão unidas, a circulação se torna maior ainda. O Festival Internacional Imagine Brazil consegue fazer essa junção. 
Criado pela Jeunesses Musicales International (JMI), maior ONG de música para jovens do mundo, o festival é gerenciado pela Organização Social de Cultura Amigos do Guri (do Projeto Guri) e mantido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. O Imagine também conta com uma versão estrangeira, que acontece em cerca de dez países. 

No Brasil, a participação no concurso é de solistas ou grupos de até oito pessoas, com idades de 13 a 21 anos e residentes em todo o Estado de São Paulo. Qualquer gênero musical pode entrar na competição. A assessoria de imprensa do festival afirma que eles valorizam “a mistura de estilos musicais, além de incentivar o contato com diferentes culturas e a troca de ­experiências”.

Os jovens podem se inscrever até o dia 28 de setembro, e a pré-seleção dos musicistas já faz parte de uma rodada de desafios. Pelo formulário e conteúdo MP3 que cada um envia, até 40 grupos inscritos são selecionados para participar das semifinais, que ocorrem em várias cidades de São Paulo – entre elas, Santos. 

De acordo com ­Deborah Lobo, gestora de Projetos Especiais, junto a essa triagem são analisados quatro quesitos, considerados os mais importantes: qualidade musical; comunicação e carisma; originalidade e repertório; e preparação. “Uma das principais características do festival é a pluralidade de estilos”, afirma a gestora. 

Ao todo são seis fases: quatro semifinais e duas finais: uma nacional e uma internacional. O grupo ou solista que ganhar o concurso e chegar ao patamar estrangeiro terá todas as despesas pagas pelo Imagine. 
As quatro partes iniciais classificam três competidores cada, totalizando 12. Os indicados terão vivências inéditas, workshops, master classes com profissionais da cena musical brasileira e atividades voltadas ao desenvolvimento artístico. 

Mas apenas três finalistas são reconhecidos pelo conselho musical do evento, que é composto por músicos profissionais da indústria, um representante da Amigos do Guri e prêmio em dinheiro, além do primeiro colocado ter a chance de brilhar na Europa. 

“Acreditamos que o reconhecimento do festival deva inspirar a inscrição de muitos jovens”, explica Alessandra Costa, diretora executiva da Amigos do Guri. Ela ainda afirma que, para os inscritos, é uma oportunidade singular, pois promove uma rica troca de experiências entre diferentes artistas e estilos.