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Cotidiano

Retirada de produto químico em galpão é concluída, mas trânsito segue interrompido

O fosfeto de alumínio era armazenado de modo irregular, segundo o Corpo de Bombeiros

Da Reportagem

Publicado em 09/10/2018 às 22:03

Atualizado em 09/10/2018 às 22:18

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Equipes durante os trabalhos na tarde de hoje (9) / Rodrigo Montaldi/DL

A retirada de 2,1 toneladas de fosfeto de alumínio de um galpão na Rua Doutor Cochrane, no Paquetá, em Santos, foi concluída na noite de hoje (9), segundo o Corpo de Bombeiros. O trecho da via, entre a ruas João Pessoa e General Câmara, porém, continua bloqueado para trânsito a pedido da Defesa Civil de Santos.

Por meio de nota, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que o produto seria levado em caminhões basculantes para uma empresa especializada no acondicionamento de resíduos perigosos em Itapevi, no interior paulista.

“A Cetesb avaliará os impactos ambientais e aplicará as penalidades cabíveis”, disse.

O fosfeto de alumínio era armazenado de modo irregular no galpão de marcenaria, segundo o Corpo de Bombeiros. A empresa realiza controle de pragas em porões de navios e não tinha autorização para o armazenamento do fosfeto de alumínio, que estava em 100 caixas, com 14 frascos de 1,5 kg cada.

Em contato com a água, o fosfeto de alumínio libera o gás fosfina, que é altamente tóxico.

Após o início do incêndio, por volta de 0h segunda-feira (8), os bombeiros foram acionados sem informações do armazenamento do produto químico no galpão. Somente quatro horas após o início da ocorrência, foram informados pelo responsável pela empresa sobre o produto.

Medições

Fora do galpão, segundo a Cetesb, não foram detectadas concentrações de gases ou vapores tóxicos e inflamáveis. O retorno às residências próximas foi liberado.

Já no interior do galpão, hoje (9) pela manhã a Cetesb utilizou um Detector de TIC (Compostos Tóxicos Industriais) e identificou 10 ppm de fosfina (PH3), o gás liberado a partir da reação do fosfeto de alumínio com água/umidade. Essa concentração detectada é menor do que já foi detectada na segunda-feira, cerca de 60 ppm.

A Cetesb também mediu a temperatura (55 ºC) sobre os resíduos por meio de uma Câmara Termográfica. Essa temperatura é inferior àquela já detectada na segunda-feira (8) logo após o Corpo de Bombeiros ter debelado o fogo (170ºC).

Cinco pessoas seguiam internadas com intoxicação

Das 90 pessoas levadas a hospitais devido ao vazamento, cinco seguiam internadas na Santa Casa de Santos no final da tarde.

Uma destas pessoas chegou a apresentar vômitos. O grupo seguia em observações sem maiores queixas, segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa. Quatro pacientes que estavam internados desde segunda-feira (8) receberam alta.

Cinquenta e três pessoas foram atendidas na Santa Casa na segunda e foram liberadas. “Todos os pacientes foram conduzidos ao banho de descontaminação da substância tóxica e, além do apoio especializado e acolhimento, receberam kits de higiene, roupas e calçados doados pela Associação de Voluntários da Santa Casa de Santos (Avosc)”, informou a assessoria da unidade de saúde.

Vinte e três bombeiros e cinco guardas portuários receberam atendimento no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e também foram liberados na segunda-feira.

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