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Cotidiano

Região tem menos mulheres na política que todo o estado

Os dados foram divulgados em março deste ano através de uma análise feita pelo PMI com base no banco de dados primários do Banco Mundial e do TSE

Vanessa Pimentel

Publicado em 31/10/2017 às 10:00

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Marlene Campos Machado visitou algumas cidades da região para falar sobre a importância da inclusão feminina no Parlamento / Rodrigo Montaldi/DL

Por que a participação das mulheres na política ainda é tão pequena no país? Em busca da resposta e da mudança neste cenário, a ativista e diretora- executiva do Projeto Mulheres Inspiradoras (PMI), Marlene Campos Machado, visitou algumas cidades da Baixada Santista ontem para falar sobre a importância da inclusão feminina no Parlamento.

A região foi escolhida pela baixa representatividade das mulheres no Legislativo que, em Santos, é de 9,5% (apenas duas são mulheres).

“Das 123 candidatas a vereança na cidade, apenas 2 se elegeram, ou seja, 98.4 % das mulheres que se candidataram não se elegeram”, detalha Marlene.

Os dados foram divulgados em março deste ano através de uma análise feita pelo PMI com base no banco de dados primários do Banco Mundial e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No geral, o Brasil ocupa a 115ª posição no ranking mundial de presença feminina no Parlamento dentre os 138 países analisados.

O estudo indica que a participação de mulheres no Parlamento federal brasileiro cresceu 87% entre janeiro de 1990 e dezembro de 2016, passando de 5,3% para 9,9%, superando em 6% a média de crescimento mundial no período, mas apesar desse resultado, o Brasil ficou na 97ª posição entre os países que mais elevaram a participação de mulheres no Parlamento.

Dessa forma, mesmo que a participação feminina na política brasileira mantenha a expansão média de 2,7% ao ano, como a verificada entre 1998 e 2016, os dados indicam que o Brasil só deverá alcançar a igualdade de gênero no Parlamento Federal em 2080.

Baixada Santista

A representatividade feminina da Baixada está abaixo da representatividade feminina no Estado, segundo o estudo. Na região as mulheres ocupam 5,2% das cadeiras (sete das 134), sendo que no Estado de São Paulo as mulheres ocupam 12,2% das cadeiras de vereador (855 das 6976 cadeiras). No Ranking de eleitas por região administrativa, Santos está em último (16º). Das 759 mulheres que foram candidatas na região, apenas sete foram eleitas.

“Nossa agenda esta semana é na Baixada porque precisamos entender os motivos da representatividade feminina aqui estar tão baixa. Com essas informações pretendemos explicar sobre a importância de se filiar a algum partido onde a mulher se identifique e onde se sinta representada de verdade em seus ideais”, diz Marlene.

Como presidente do PTB Mulher (Partido Trabalhista Brasileiro), Marlene disse que para o mês que vem está previsto uma campanha de filiação na região e para 2018, palestras e cursos de capacitação para mulheres que pretendem assumir cargos políticos.

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