X

Cotidiano

Desembargador manda soltar chefe do Porto de Santos

José Alex de Oliva foi detido no último dia 31 no âmbito da Operação Tritão por supostas fraudes em licitações

Estadão Conteúdo

Publicado em 13/11/2018 às 17:55

Atualizado em 13/11/2018 às 18:57

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

José Alex de Oliva foi detido no dia 31 no âmbito da Operação Tritão / Divulgação/Codesp

O desembargador Fausto Martin de Sanctis, do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3), mandou soltar o presidente afastado da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Alex de Oliva, detido no último dia 31 no âmbito da Operação Tritão por supostas fraudes em licitações do porto de Santos. O magistrado estabeleceu uma fiança de R$ 150 mil e outras medida cautelares.

Fausto de Sanctis determinou o comparecimento pessoal e bimestral ao Juízo, proibiu o contato com os outros investigados e testemunhas e a ausência do município em que resida por mais de oito dias, ordenou o recolhimento domiciliar no período noturno, entre 22h e 7h, e a suspensão do exercício de função pública ou de atividade econômica ou financeira com a Administração Pública.

Além de Oliva, seu ex-assessor Carlos Antonio de Souza, o Carlinhos, e outros cinco investigados haviam sido presos na Operação Tritão, da Polícia Federal e Procuradoria da República. No dia 8 de novembro, a 5.ª Vara Criminal Federal de Santos converteu a prisão temporária para preventiva - quando não tem prazo para terminar. De Sanctis mandou soltar todos.

A um dos investigados, Mario Paladino, o desembargador impôs fiança de R$ 180 mil. Aos outros, fiança de R$ 120 mil.

Quando a Operação Tritão foi deflagrada, no dia 8, o Conselho da Codesp determinou o afastamento de Alex de Oliva das funções de presidente da Companhia Docas.

Na avaliação do desembargador, "a decisão (judicial de primeiro grau) valeu-se de afirmações genéricas para justificar a necessidade das prisões preventivas".

"Há menção, não validamente demonstrada, de que o paciente e os demais investigados ostentariam elevado poder político e econômico e os empregaria para atuação conforme os seus escusos interesses. Demais disso, a mera referência de atuação de empresas em diversos contratos com o Poder Público, por si só, não teria o condão de revelar a responsabilização do ora paciente acerca das condutas delitivas", afirmou o desembargador

"Diante da inexistência de elementos concretos sobre o perigo que a liberdade do paciente possa oferecer, não se vislumbra a imprescindibilidade da manutenção da prisão cautelar, mostrando-se adequada a substituição por outras medida cautelares."

As suspeitas de irregularidades surgiram com um vídeo postado na internet em setembro de 2016, no qual Carlos Antonio de Souza, o Carlinhos, "confessava a prática de diversos delitos" supostamente ocorridos na Codesp, segundo informou a Polícia Federal ao deflagrar a Operação Tristão.

O inquérito foi aberto em novembro do ano passado para investigar irregularidades em vários contratos, que seriam realizados de forma fraudulenta com agentes públicos da estatal e empresários. Entre os contratos investigados estão de casos de contratações financeiramente negativas à estatal e aquisições desnecessárias.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Polícia

Homem bate em companheira grávida e é preso em Bertioga

A denúncia foi feita pela mãe da vítima, que tem 18 anos.

Polícia

Mãe toma criança das mãos da avó e desaparece em Santos; ASSISTA

O garoto é cuidado pelo pai e pela avó, que têm a guarda compartilhada dele após uma tutela de urgência

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter