26 de Abril de 2024 • 19:09
Bloqueio realizado na Base de Distribuição de Combustíveis em Cubatão impede reabastecimento dos postos / Rodrigo Montaldi/DL
Alguns postos de combustíveis de Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande já não têm mais combustíveis para atender seus clientes. Isto porque, com a greve dos caminhoneiros, os veículos que fazem a reposição nos estabelecimentos estão impedidos de entrar na base de abastecimento, localizada em Cubatão.
De acordo com o Resan (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santos e Região), existem na Baixada Santista e Vale do Ribeira cerca de 300 postos e ainda não foi possível obter um levantamento de como está a situação em todos eles, mas até o fim da tarde de ontem, 27 estabelecimentos associados informaram que o volume de combustíveis disponível nos tanques estava em praticamente 10%.
“Em razão da greve dos caminhoneiros e do bloqueio realizado na Base de Distribuição de Cubatão (Bacub-Petrobras), o abastecimento na região está comprometido. A maioria dos pontos de venda disse ter estoque até hoje ou, no máximo, até sexta. No entanto, com o aumento da demanda, o estoque pode se esgotar antes disso”, detalhou.
Dos 27 estabelecimentos, em sete já não há gasolina; em nove acabou o etanol; e em oito, o diesel. O Resan ressaltou que se a situação não for normalizada até amanhã (sexta-feira), a quase totalidade deverá enfrentar desabastecimento.
Questionado se há alguma medida que possa garantir o reabastecimento dos postos, o sindicato respondeu que não. “Os donos de postos aguardam o impasse ser solucionado”.
Só etanol
A Reportagem visitou alguns postos de Santos no início da tarde de ontem e em dois deles já não era mais possível abastecer com gasolina, só etanol.
“Desde cedo o movimento está grande. Gasolina e diesel já acabaram e o que temos não dura até o fim do dia”, explicou o gerente do posto Alvorada, na Avenida Afonso Pena.
No Posto localizado dentro do Supermercado Extra o estoque estava zerado. Em outro estabelecimento, próximo à Universidade Unimonte, os clientes só podiam abastecer até R$50. A medida foi tomada para tentar segurar o máximo possível o que ainda resta nas bombas.
No fim da tarde, alguns locais registraram grandes filas. A corrida aos postos é uma opção para os motoristas mais precavidos que, com medo de que a greve se estenda, preferem garantir o tanque cheio.
Ao fim do estoque, os postos vão paralisar as atividades enquanto aguardam o fim da greve dos caminhoneiros e a normalização do reabastecimento.
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