24 de Abril de 2024 • 20:29
A chamada tosse dos canis provoca tosse, espirro, secreção nasal e ocular e prostração / Reprodução
Animais também são sensíveis às mudanças de temperatura e precisam de cuidados que vão além de roupinhas para mantê-los aquecidos no frio. A preocupação inclui alimentação, passeios e higiene. Além disso, as baixas temperaturas deixam os bichinhos vulneráveis a algumas doenças, como problemas respiratórios e viroses.
Comum nessa época, a chamada tosse dos canis provoca tosse, espirro, secreção nasal e ocular e prostração. É uma gripe, que se espalha com facilidade e com chance de evoluir para pneumonia, mas que pode ser prevenida com dose anual de vacina.
A transmissão ocorre por meio de vírus pelo ar, secreções respiratórias, contato direito com outro cão infectado e objetos contaminados. Por isso, mais de um cachorro na mesma casa pode ficar doente ao mesmo tempo. Essa gripe, porém, não atinge os seres humanos ou outras espécies.
Com o tempo seco e a proliferação de carrapatos, outro risco é a erlichiose -ou doença do carrapato. Os principais sintomas são, febre, prostração, perda de apetite e hemorragias. Como os sintomas variam de animal para animal, ela pode ser confundida com a cinomose. É uma doença que pode agir silenciosamente e atacar medula e rins lentamente.
Também há prevenção, e exames periódicos são importantes para um tratamento eficaz antes da manifestação da doença, afirma a médica veterinária Carla Berl, diretora da rede de hospitais veterinários Pet Care.
Filhotes e os cães idosos podem sentir mais os efeitos do frio. Dores nas articulações são outro problema frequente nessa época.
Quentinho e saudável
Para manter o bem-estar do amigo peludinho, o tutor deve providenciar proteção -roupa, caminha, abrigo- e evitar que ele deite direto no chão gelado. O cuidado deve ser redobrado com animais que vivem em áreas externas, já que eles ficam mais sujeitos às doenças do frio.
Horários de passeios devem ser reavaliados, para dias e horários mais quentinhos. Já os banhos podem ser mais espaçados, diz veterinário Antonio Geraldo Marquesim, da Norte Dog. "Se não for possível, melhor procurar por serviços especializados de confiança para o banho e nunca expor o animal ao choque térmico", diz.
A rotina de alimentação não deve ser alterada. O pet deve receber refeição balanceada para aumentar a resistência, afirma o veterinário Jorge Morais, da Animal Place.
Veja dicas dos veterinários para cuidar do seu cachorro no frio:
- Alimentação - o animal pode ter mais apetite em dias frios. A rotina alimentar, porém, deve ser mantida, com a ração recomendada, até para o pet não ganhar peso. A ingestão de alimentos gelados deve ser evitada.
- Área externa - Se o bichinho fica em área externa, a dica é deixar o local bem confortável e protegido de chuva. Para deixar o bichinho mais quentinho, a dica é forrar o chão sob a caminha ou dentro da casinha e manter um cobertorzinho à disposição.
- Banho - no frio, vale reduzir o número de banhos -passar de semanal para quinzenal, por exemplo. É importante que o animal fique bem sequinho e que não seja exposto ao vento imediatamente após a higiene. Outra opção são os banhos secos, encontrados em forma de gel ou líquido e que podem ser aplicados com uma escova ou pano sobre o pelo.
- Exercícios - os animais tendem a mostrar menos disposição para atividades físicas no frio. É importante estimular brincadeiras que façam o pet gastar energia acumulada em casa; os passeios, se possível, também devem incluir brincadeiras e corridas.
- Passeios - Além disso, o tutor deve adequar o horário das saídas a períodos do dia em que a temperatura esteja mais amena. Diferentemente do verão, quando a preocupação da caminhada deve ser com o solo quente, no frio é a possibilidade de choque térmico que deve ser evitada. Por isso, é aconselhável uma saída gradual do ambiente quente até a rua.
- Roupinhas: embora algumas raças são mais tolerantes ao frio devido à pelagem, roupinhas são bem-vindas em todas as ocasiões -para aqueles que ficam em casa, acostumados a sair diariamente ou que tomam conta de quintais. O agasalho deve ser reforçado -e confortável- para animais de pelo curto, mas os de pelo longo também podem precisar de proteção. Escolha a roupinha certa para o seu animal -capinhas funcionam melhor para animais de pelagem longo, já que embaraçam menos os pelos.
- Vacinas - manter o calendário de vacinas em dia é fundamental. Doenças mais comuns no frio, como a tosse dos canis, também pode ser evitada com dose anual. Além disso, o tutor deve evitar locais com muitos animais durante os passeios, devido à aglomeração e proliferação de bactérias.
Doação
Muitos bichinhos que vivem nas ruas e abrigos não têm uma caminha quentinha ou um cobertor para se proteger no frio.
ONGs e protetores fazem constantes campanhas do agasalho para tentar dar um pouquinho de conforto a esses animais. A doação de uma mantinha a um desses grupos que atua na sua região pode fazer um cãozinho mais feliz.
São Vicente
Caso aconteceu no bairro Parque Continental
Coluna
Congelamento da tarifa dos ônibus chegou ao público um pouco antes da hora