26 de Abril de 2024 • 23:15
Os Estados Unidos é o país que tem a maior taxa de obesidade do mundo / Reprodução
A obesidade é o terceiro ônus social mais caro no mundo, atrás apenas do fumo e da violência provocada pelas guerras e pelo terrorismo. Estimativas recentes apontam que o custo dessa doença à economia global supera US$ 2 trilhões a cada ano, quase 3% do PIB mundial.
No país que tem a maior taxa de obesidade do mundo, os Estados Unidos, estudos comprovam uma das vertentes perversas dessa realidade: homens e mulheres acima do peso tem mais dificuldade de arrumar emprego.
Apesar de não ter ainda nenhum estudo formal sobre o tema no Brasil, a realidade mostra que por aqui não é muito diferente. O aumento dos ponteiros na balança também é uma barreira encontrada pelos pacientes portadores de obesidade mórbida na hora de conseguir um trabalho.
É o caso do analista de segurança de ambientes de internet Rodrigo Teixeira da Cruz, de 37 anos, morador da Ilha do Governador, Rio de Janeiro. Ele ficou três anos sem emprego, sustentando a família com pequenos serviços informais. Além da dificuldade natural por conta da crise econômica que ainda faz parte da realidade do país, ele acredita que o excesso de peso contou para isso.
"Eu percebia que ia para algumas entrevistas, mas não era escolhido por conta da obesidade, principalmente quando o trabalho era na rua. O aumento do peso chegou aos poucos na minha vida. Há dois anos, descobri que estava com pressão alta, sentia dores e dificuldades de locomoção. Em 2015, ganhei de 20 a 25 quilos e cheguei a pesar 160 quilos. Foi nesse momento que me dei conta que precisava cuidar da minha saúde", revela Rodrigo.
Operado há mais seis meses pela equipe do dr. Cid Pitombo, coordenador do Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica do Rio de Janeiro, Rodrigo já perdeu 45 Kg e há um mês está empregado em uma empresa de tecnologia portuguesa.
"O nosso objetivo é conseguir devolver à sociedade pessoas com saúde melhor, que não trabalhava e que tinha baixa autoestima e não tinha vida afetiva. Agora eles tem uma vida nova" – afirma o médico Cid Pitombo.
"Estou no melhor momento da minha vida. Hoje sou uma pessoa feliz e com a saúde em dia. Tenho o trabalho que sempre quis e meu casamento que sempre foi bom, agora está muito melhor. A cirurgia não mudou só a minha vida, a da minha família também. Não quero que meus filhos sejam obesos, por isso somos rigorosos com a alimentação deles", conta Rodrigo, pai do Pedro, de 14 anos, e da Flávia, de 10.
Polícia
Um dos agentes envolvidos alegou que sua câmera corporal estava descarregada no momento dos tiros
Cotidiano
O acidente ocorreu por volta das 6h30, no cruzamento da Rua Comendador Martins com a Júlio de Mesquita